Colesterol

Fig. 1 - Membrana plasmática. (1)
      O colesterol tem a fórmula molecular C27H46O. Na sua forma pura, apresenta-se como um sólido cristalino, branco, insípido e inodoro da familia dos esteróides. Além de ser um lípido anfipático presente na membrana plasmática de todas as células animais – aumenta a rigidez da membrana e influência a sua permeabilidade (figura 1), é também um precursor da biossíntese de ácidos biliares, hormonas esteróides e sexuais e vitamina D.


      Esta molécula é sintetizada no fígado (colesterol endógeno - cerca de 70%) e obtida através da alimentação (colesterol exógeno - cerca de 30%); em pessoas com alterações genéticas do metabolismo do colesterol, o excesso deste deve-se aos péssimos hábitos alimentares. Deste modo, a produção de colesterol é regulada por um sistema compensatório: quanto maior a quantidade de colesterol ingerido proveniente da alimentação, menor é a quantidade produzida pelo fígado.


Fig. 2 - Estrutura do colesterol (2)

    • A cor vermelha representa o grupo polar hidroxilo ( – OH), que caracteriza a molécula de colesterol como um álcool (de acordo com as funções orgânicas) e que fornece alguma solubilidade em água;
    • A cor verde destaca o arranjo de quatro anéis de carbono específicos;
    • A cor azul corresponde à cauda de hidrocarbonetos (moléculas formadas apenas por átomos de carbono e hidrogénio), fortemente apolar, isto é, capaz de se dissolver em substâncias gordurosas, mas não em água.

          A existência de uma cauda de hidrocarbonetos apolar, confere a insolubilidade em água, pelo que, para circular na corrente sanguínea, o colesterol liga-se a proteínas e a outros lípidos formando lipoproteínas, que são, geralmente, classificadas de acordo com a sua densidade.

    Fig. 3 - Desenvolvimento de aterosclerose (3)
           Deste modo, a maior parte do colesterol está ligada a lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e o restante, a proteínas de alta densidade (HDL). O colesterol ligado à LDL é denominado "mau colesterol" porque quando em excesso deposita-se nas paredes arteriais. Por outro lado, o HDL é considerado o "bom colesterol" pois retira o colesterol LDL da parede das artérias e transporta-o até ao fígado onde ele é eliminado ou reciclado, desempenhando assim papel de proteção contra a aterosclerose.



    Fig. 4 - Cortes histológicos da artéria coronária em secção transversal que demonstra
    as lesões ateroscleróticas obstrutivas severas deste paciente (4)

    Referências: